Considerando a inclusão social um dos aspectos mais importantes para a cidadania, o Centro Educacional Balão Azul, Escola de Educação Infantil constitui-se como um espaço fundamental de aprendizado para a vida. O convívio com a diversidade vem como mais um instrumento a possibilitar que as crianças compreendam seu papel na sociedade, bem como, estejam aptos a agir com consciência e responsabilidade.
A escola tem por objetivo proporcionar e estabelecer às crianças sistemas de troca, de diálogos que lhes permitam uma experiência com a multiplicidade da vida. Este espaço reinventa seus métodos educacionais no sentido de preservar a riqueza de sensibilidade das crianças, evitando uma pedagogia mecânica e ortopédica.
A inclusão nesta escola parte do princípio de que cada criança tem facilidades e dificuldades, umas maiores, outras menores; umas visíveis, outras nem tanto. As crianças com necessidades educativas especiais têm canais específicos para aprender com mais facilidade, e, perceber estes canais, é papel fundamental do profissional que trabalha no Balão Azul, tanto àqueles que atuam em salas de atividades pedagógicas, quanto àqueles das atividades especializadas (educação física, música, judô e inglês e dança). Shalock (1999) acrescenta que a incapacidade deve ser vista como resultado da interação do indivíduo com o meio onde ele está inserido. Assim, o ambiente assume a responsabilidade de oferecer condições de aproveitamento das limitações funcionais da pessoa por meio de apoios necessários à sua condição.
Neste sentido, não basta apenas classificar a sua deficiência, mas também verificar qual o tipo de apoio necessário para ampliar o seu leque de habilidades. Essa concepção favorece a autodeterminação, a inclusão social, a igualdade, as possibilidades e a capacidade da pessoa com necessidades educacionais especiais, promovendo assim, uma melhor qualidade de vida.
É importante lembrar que os deficientes mentais de menor gravidade possuem percepção de si mesmos e da realidade, diferenciando-os da doença mental. São evidentes, os interesses e as necessidades próprias, como independência, sexo, casamento, filhos, casa própria, trabalho, esporte, cursos e outras aspirações.
As limitações não os impedem de sonhar e planificar, sendo de fundamental importância, a compreensão, a afetividade, orientações e supervisões dos familiares e educadores. A escola inclusiva é aquela que leva em consideração a subjetividade e a diferença de cada um.
Uma das principais queixas das famílias de crianças com necessidades especiais refere-se a dificuldade de encontrar espaços que trabalhem com as potencialidades e não com a falta em si. A maioria dos locais acolhe a criança, cumprindo um pressuposto do politicamente correto na esfera social. Porém, ainda são poucas as instituições educacionais que ao incluírem, assumam um compromisso na construção e constituição de um sujeito.
As famílias buscam, na escola, um olhar pleno sobre seu filho. A família e a escola têm como papel principal educar e desenvolver seres humanos melhores, capazes de interagir e principalmente, respeitar o seu próximo, independente de sua condição. Pensamos ainda que, convivendo com as diferenças, estaremos enfrentando os nossos próprios medos e conflitos pessoais; e porque não nossas próprias barreiras e resistências interiores?
Para enfrentarmos a exclusão é preciso, antes de tudo, nos depararmos com nossa finitude, desrazões, angústias e multiplicidade existencial para que estejamos “preparados” a encarar o outro cujos modos de ser e pensar são diferentes. Outro à quem a dita ordem social se encarregou de excluir aolongo da história.
Incentivamos os profissionais da nossa escola a terem motivação e criatividade para lidar com as situações que surgem no cotidiano de sua convivência com as crianças, proporcionando um espaço saudável para tal contexto.
No entanto a inclusão social não significa colocar todas as crianças na escola comum, fazendo disso uma inclusão apenas física. A inclusão social significa garantir o acesso, a permanência e o sucesso escolar para as crianças com necessidades especiais.
A inclusão é um trabalho afetivo e em grupo, devendo haver uma interação e envolvimento entre educadores, coordenadores, pais, crianças e terapeutas. Não há como agir com a criança, mesmo que pequena, sem considerar suas vontades, suas necessidades, seus medos e sentimentos. As mudanças em geral provocam ansiedade. Por esse motivo, desenvolvemos em nossa escola um trabalho sério, consciente, responsável e acima de tudo comprometido com as necessidades reais da criança, dando o suporte que precisa para que possa estar realmente incluído.
Estes suportes são os apoios pedagógicos, apoios clínicos, a remoção das barreiras, os recursos materiais e tudo o que for necessário para que o aluno vivencie as novas experiências com satisfação e alegria.
O papel da inclusão está além de aceitar as diferenças, ele tem início numa tomada de consciência por parte daquele que está inicialmente mais próximo da criança: o educador, independente da faixa etária com a qual trabalha. Este profissional tem que estar preparado em todos os sentidos (material teórico, emocional e etc.) para compreender a inclusão na sua complexidade - que envolve tanto o sentimento daquele a ser incluso como também a postura da instituição e família frente a esta questão.
E há quem traga a questão: incluir para que? Dentre tantas justificativas possíveis, destacamos talvez a mais preciosa delas – incluir para, que possamos em espaços como o da escola, exercitar o respeito e a tolerância com o tempo do outro, com a sua opinião, com o seu olhar; para que possamos finalmente aprender a conviver.
“A RUA DE ACESSO À INCLUSÃO NÃO TEM UM FIM PORQUE ELA É EM SUA ESSÊNCIA, MAIS UM PROCESSO DO QUE UM DESTINO.” (MITTLER, 2003, P. 36)
Mára Machado
Diretora Dedagógica do Balão Azul
A escola tem por objetivo proporcionar e estabelecer às crianças sistemas de troca, de diálogos que lhes permitam uma experiência com a multiplicidade da vida. Este espaço reinventa seus métodos educacionais no sentido de preservar a riqueza de sensibilidade das crianças, evitando uma pedagogia mecânica e ortopédica.
A inclusão nesta escola parte do princípio de que cada criança tem facilidades e dificuldades, umas maiores, outras menores; umas visíveis, outras nem tanto. As crianças com necessidades educativas especiais têm canais específicos para aprender com mais facilidade, e, perceber estes canais, é papel fundamental do profissional que trabalha no Balão Azul, tanto àqueles que atuam em salas de atividades pedagógicas, quanto àqueles das atividades especializadas (educação física, música, judô e inglês e dança). Shalock (1999) acrescenta que a incapacidade deve ser vista como resultado da interação do indivíduo com o meio onde ele está inserido. Assim, o ambiente assume a responsabilidade de oferecer condições de aproveitamento das limitações funcionais da pessoa por meio de apoios necessários à sua condição.
Neste sentido, não basta apenas classificar a sua deficiência, mas também verificar qual o tipo de apoio necessário para ampliar o seu leque de habilidades. Essa concepção favorece a autodeterminação, a inclusão social, a igualdade, as possibilidades e a capacidade da pessoa com necessidades educacionais especiais, promovendo assim, uma melhor qualidade de vida.
É importante lembrar que os deficientes mentais de menor gravidade possuem percepção de si mesmos e da realidade, diferenciando-os da doença mental. São evidentes, os interesses e as necessidades próprias, como independência, sexo, casamento, filhos, casa própria, trabalho, esporte, cursos e outras aspirações.
As limitações não os impedem de sonhar e planificar, sendo de fundamental importância, a compreensão, a afetividade, orientações e supervisões dos familiares e educadores. A escola inclusiva é aquela que leva em consideração a subjetividade e a diferença de cada um.
Uma das principais queixas das famílias de crianças com necessidades especiais refere-se a dificuldade de encontrar espaços que trabalhem com as potencialidades e não com a falta em si. A maioria dos locais acolhe a criança, cumprindo um pressuposto do politicamente correto na esfera social. Porém, ainda são poucas as instituições educacionais que ao incluírem, assumam um compromisso na construção e constituição de um sujeito.
As famílias buscam, na escola, um olhar pleno sobre seu filho. A família e a escola têm como papel principal educar e desenvolver seres humanos melhores, capazes de interagir e principalmente, respeitar o seu próximo, independente de sua condição. Pensamos ainda que, convivendo com as diferenças, estaremos enfrentando os nossos próprios medos e conflitos pessoais; e porque não nossas próprias barreiras e resistências interiores?
Para enfrentarmos a exclusão é preciso, antes de tudo, nos depararmos com nossa finitude, desrazões, angústias e multiplicidade existencial para que estejamos “preparados” a encarar o outro cujos modos de ser e pensar são diferentes. Outro à quem a dita ordem social se encarregou de excluir aolongo da história.
Incentivamos os profissionais da nossa escola a terem motivação e criatividade para lidar com as situações que surgem no cotidiano de sua convivência com as crianças, proporcionando um espaço saudável para tal contexto.
No entanto a inclusão social não significa colocar todas as crianças na escola comum, fazendo disso uma inclusão apenas física. A inclusão social significa garantir o acesso, a permanência e o sucesso escolar para as crianças com necessidades especiais.
A inclusão é um trabalho afetivo e em grupo, devendo haver uma interação e envolvimento entre educadores, coordenadores, pais, crianças e terapeutas. Não há como agir com a criança, mesmo que pequena, sem considerar suas vontades, suas necessidades, seus medos e sentimentos. As mudanças em geral provocam ansiedade. Por esse motivo, desenvolvemos em nossa escola um trabalho sério, consciente, responsável e acima de tudo comprometido com as necessidades reais da criança, dando o suporte que precisa para que possa estar realmente incluído.
Estes suportes são os apoios pedagógicos, apoios clínicos, a remoção das barreiras, os recursos materiais e tudo o que for necessário para que o aluno vivencie as novas experiências com satisfação e alegria.
O papel da inclusão está além de aceitar as diferenças, ele tem início numa tomada de consciência por parte daquele que está inicialmente mais próximo da criança: o educador, independente da faixa etária com a qual trabalha. Este profissional tem que estar preparado em todos os sentidos (material teórico, emocional e etc.) para compreender a inclusão na sua complexidade - que envolve tanto o sentimento daquele a ser incluso como também a postura da instituição e família frente a esta questão.
E há quem traga a questão: incluir para que? Dentre tantas justificativas possíveis, destacamos talvez a mais preciosa delas – incluir para, que possamos em espaços como o da escola, exercitar o respeito e a tolerância com o tempo do outro, com a sua opinião, com o seu olhar; para que possamos finalmente aprender a conviver.
“A RUA DE ACESSO À INCLUSÃO NÃO TEM UM FIM PORQUE ELA É EM SUA ESSÊNCIA, MAIS UM PROCESSO DO QUE UM DESTINO.” (MITTLER, 2003, P. 36)
Mára Machado
Diretora Dedagógica do Balão Azul
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