E AGORA?
“Desde pequeno eu via coisas estranhas na TV.
-Tarzan corria pelado.
- Cinderela chegava em casa à meia noite.
- Alladin era LADRÃO.
- Batman dirigia a 320 Km/h.
- Pinóquio mentia.
- Salsicha (Scooby-Do) tinha voz de maconheiro, via fantasma e conversava com cachorro...
- Olivia palito tinha bulimia.
- Margarida namorava o Pato Donald e saía com o Gastão.
Foram os exemplos que eu tive.
Agora pedem para eu me comportar?”
Outro dia, lendo este texto no jornal me dei conta o quanto não prestamos atenção ao que nossos filhos assistem na televisão. E, pior ainda, se formos selecionar de acordo com os padrões considerados adequados, não sobra nada. Então, o que fazer com este fato?
Penso que como mãe, avó e educadora gostaria de encontrar uma fórmula mágica que fizesse com que as crianças só abstraíssem coisas realmente importantes e significativas que contribuíssem para a sua formação. Na ausência desta fórmula, busco paliativos a fim de minimizar os efeitos que causam nas crianças por assistirem programas televisivos ditos infantis carregados de atitudes e palavras inadequadas.
Acredito que acompanhar a criança nestes momentos e estabelecer um diálogo sobre o que está vendo e qual o seu julgamento seria o ideal. Desta forma, poderemos fazer com que a criança reflita sobre os valores que aprende no seio da família tornando-o capaz de tirar as suas próprias conclusões sobre o que está assistindo.
O resultado disto ainda poderá ser positivo. Se houver o interesse e a participação da família até que a criança consiga fazer esse processo sozinha.
Cabe o alerta aos pais, responsáveis e cuidadores. Muitas vezes, o julgamento sobre o que é melhor para nossas crianças não deva ser da responsabilidade de terceiros. A apreciação da família jamais deve ser negligenciada ou substituída.
É, agora, na fase da primeira infância (de 0 a 6 anos) que os valores e ensinamentos mais importantes estruturam a personalidade das crianças. E, a atenção dos pais sobre tudo aquilo que seu filho está absorvendo se faz necessário para que, amanhã, se tenha um adulto responsável, seguro e feliz de acordo com tudo aquilo que vivenciou, experimentou e observou como exemplo em seus cuidadores.
Mara Solange Ferreira Machado
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